I- Jovens em ação
Entre os dias 13 e 14 de junho, milhares de jovens acorreram a Estrasburgo para participar no Evento Europeu da Juventude (EYE). Este evento, que decorre de dois em dois anos, é uma excelente oportunidade para ouvir jovens dos 16 aos 30 anos, de toda a UE, a debaterem os temas mais diversos numa revigorante troca de ideias com os deputados europeus que participam nos debates e conferências durante estes dias. Na edição deste ano, a convite da Federação Nacional de Estudos Europeus, participei num debate com jovens de diferentes nacionalidades, onde abordámos temas tão diversos como a participação política, as migrações, a desinformação, a qualidade da nossa democracia e o conhecimento sobre o trabalho realizado nas e pelas instituições europeias. Nas conclusões finais, perante tudo o que assistimos diariamente e ao risco de ficarmos anestesiados pela exposição permanente e repetida a horrores e tragédias, apelei a que, sobretudo entre os jovens, não se perca a capacidade de nos chocarmos bem como à capacidade de nos surpreendermos pelo engenho e capacidade da natureza humana.
Já não é a primeira vez que participo num evento promovido pela FNEE ou junto dos mais jovens e sempre que o faço fico impressionado com a qualidade da organização e das intervenções que oiço - contrariando, e em muito, a ideia de que os jovens não se interessam. Estão, por isso, de parabéns a organização do EYE, a FNEE, o Fórum Europeu da Juventude e os milhares de jovens que, um pouco de toda a Europa, marcaram presença entusiasmada na edição de 2025.
II - Boas intenções não chegam
Em Estrasburgo, na sessão plenária do Parlamento Europeu desta semana, foram muitos os temas em destaque. Sublinho, no entanto, a discussão relativa ao Pacto Europeu para os Oceanos, sobre o qual já escrevi em artigos anteriores, e o debate sobre a importância da Política de Coesão para o desenvolvimento das zonas rurais. Em ambos, reforcei a necessidade de a Comissão Europeia passar das palavras à ação, garantindo o devido investimento sem o qual as boas intenções não passam do papel.
III - Fim ao genocídio em Gaza
Momento marcante foi o discurso proferido no Parlamento Europeu pelo rei da Jordânia. Palavras fortes que ainda ressoam no espírito dos que, como é o meu caso, abominam os crimes perpetrados por Israel na Faixa de Gaza e não compreendem de que está o Estado português à espera para, à semelhança de outros, como a nossa vizinha Espanha, reconhecer o Estado Palestiniano. Ainda a propósito de Gaza, também participei esta semana, com outras dezenas de deputados europeus, em mais uma manifestação contra o genocídio realizado em Gaza e que já vitimou milhares de crianças e mulheres.
IV - Oportunidades na Defesa
Na próxima semana, decorrerá a cimeira da Nato, em Haia. Portugal, como país fundador, deve honrar os seus compromissos, mas deve, também, ser um interveniente ativo na discussão sobre o futuro. De acordo com os últimos dados, o nosso País deverá chegar, já em 2025, à meta de 2% do PIB acordada pela NATO quanto ao investimento na Defesa.
Investir na Defesa tem também de servir para investir nas capacidades próprias do nosso País. Neste particular, a Base das Lajes e o Porto Marítimo da Praia da Vitória representam não só uma oportunidade para investir de forma estratégica como uma opção inadiável se Portugal quiser, de facto, tirar partido da projeção atlântica que confere ao pilar europeu da NATO.
V - Seguro em Belém
Em tempos de incerteza e de insegurança, Portugal precisa de um Presidente da República competente, preparado, sério e com apurado sentido de Estado. Pelo menos por estas razões, apoio António José Seguro à Presidência da República.